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Quando recuperar os cilindros hidráulicos

Procedimentos vão desde a simples troca dos componentes até o polimento das hastes e o brunimento das camisas, entre outros cuidados.

Os cilindros hidráulicos são compostos por haste, camisa, olhais e vedações internas.

Como seus componentes estão sujeitos a desgaste, precisam passar por intervenções de acordo com as horas trabalhadas pelo equipamento. Identificar essa necessidade 
é uma tarefa atribuída aos operadores e profissionais de manutenção, que devem ficar atentos à perda de força do equipamento ou às avarias aparentes nos componentes externos dos cilindros hidráulicos.

Nas hastes, por exemplo, a ocorrência de pequenas deformações superficiais significa a necessidade de intervenção por meio de polimento. Esse procedimento é realizado em oficinas especializadas, com o uso de uma espécie de bucha de polimento. O resultado final é semelhante ao enceramento de automóvel, tornando a superfície metálica totalmente lisa e brilhosa.

A necessidade de polimento da haste também pode ser identificada visualmente, quando ela se encontra com a aparência fosca. O brilho, nesse caso, é sinônimo de estanqueidade, já que quanto mais lisa for a superfície, menor será a aderência de partículas externas, cujo ingresso no interior do sistema poderá levar à contaminação do óleo hidráulico.

Outro tipo de recuperação nas hastes é a cromeação, que deve ser realizada antes do polimento, quando identificada a perda de espessura da haste. O cromo é aplicado para aumentar a dureza da superfície da haste e, na maioria das vezes, também para restabelecer seu diâmetro original. Esse é um procedimento que, apesar de bastante utilizado, é arriscado, pois se o cromo for realizado em medida errada, poderá desagregar partículas durante a operação, contaminando todo o sistema hidráulico e gerando grandes prejuízos ao usuário do equipamento.

O preço da qualidade
Vale ressaltar que uma simples colher de chá de contaminante ferroso pode contaminar nada menos que 200 litros de óleo hidráulico. Por isso, a cromeação só deve ser realizada por empresas especializadas, de preferência as que são certificadas ambientalmente, já que o material gerado durante o processo é altamente contaminante de solos e deve ser despejado em bota-fora específico.

Nem sempre, entretanto, o cromo duro é a solução ideal para avarias nas hastes dos cilindros hidráulicos. Em situações nas quais elas empenam, apresentam rachaduras ou estão excessivamente desgastadas, é preciso trocar o componente. Esse é um serviço tradicional de usinagem, no qual se corta o olhal do cilindro para a substituição da haste.
Em seguida, os especialistas soldam o novo componente e avaliam a qualidade da soldagem por meio de diversos tipos de tecnologias, das quais a ultrassonografia é a mais usual.

Além do reparo das hastes
Assim como as hastes, os olhais e suas buchas também são componentes de desgaste. Estes, por sua vez, precisam ficar protegidos por graxa que atenda às especificações do fabricante de cada equipamento, de forma a se evitar o atrito de metal com metal. A melhor forma de manter a vida útil desse conjunto, além da lubrificação adequada, é ficar atento à folga existente entre o olhal e a bucha. Sempre que essa folga exceder os limites estabelecidos, recomenda-se a troca da bucha. Caso contrário, o olhal também será danificado e precisará ser substituído.

A troca de olhais é semelhante à das hastes: ela exige o corte da haste, mas ao invés de substituir esse componente, troca-se o olhal. Sempre que  o olhal for substituído, a bucha também deverá ser, pois quando nova, ela é instalada a determinada pressão e não poderá ser novamente submetida a essa operação após sua remoção.

As vedações internas entre a haste e a camisa do cilindro também sofrem desgaste com o tempo de utilização do equipamento, o que pode comprometer a estanqueidade do sistema ao permitir a passagem de óleo hidráulico, ocasionando uma diminuição da força do cilindro hidráulico que irá resultar em perda de eficiência do equipamento. A necessidade de substituição desses componentes só pode ser descoberta quando o cilindro é aberto para a realização de algum outro procedimento de recuperação ou se o operador observar uma perda de força do componente.

O invólucro do cilindro, conhecido como camisa, também necessita de cuidados específicos, além das vedações entre ele e a haste. O procedimento mais usual é o brunimento, necessário para que a película de óleo se forme adequadamente dentro da camisa. Ele deve ser realizado somente em oficinas com ferramental adequado e envolve duas etapas distintas.

A primeira delas consiste numa espécie de lixamento mais grosso, dando uma aparência uniforme ao metal, que permanecerá com rugas mais grossas em sua superfície. A segunda é um lixamento fino, deixando essas rugas quase imperceptíveis e a superfície do metal totalmente lisa. Apesar de sua espessura imperceptível, essas rugas formadas na segunda etapa irão proporcionar repositórios para o acúmulo de óleo hidráulico, criando uma película protetora para a camisa.

Cuidados no transporte evitam danos ao cilindro
O transporte de equipamentos hidráulicos deve ser realizado apenas por empresas especializadas. Além dos riscos de tombamento da máquina, o contato da haste do cilindro hidráulico com a rede de energia elétrica pode ocasionar grande dano ao componente. Isso porque o processo de cromeação é realizado eletricamente e, se a peça que sofrer esse tratamento for submetida a grandes variações de tensão elétrica, o cromo poderá se descolar do aço, comprometendo a segurança na operação do equipamento.

Apesar de curioso, esse caso ocorre com mais frequência que se imagina no transporte de equipamentos, sendo detectado nas grandes oficinas de recuperação de cilindros hidráulicos.

Análise de óleo evita problemas
Ao realizar qualquer intervenção no cilindro hidráulico, troque o óleo do sistema. A realização constante de análise de lubrificante também é uma prática indicada, 
já que o conjunto hidráulico é extremamente sensível a contaminantes e, por isso, o óleo não deve conter mais de 18 partículas contaminantes abaixo de 5 micra e 13 abaixo de 10 micra, de acordo com os padrões da ISO.HOME.

Fonte: Revista M&T

 
 
 
 
  
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